Trabalhei a vida inteira para agora estar assim
Com a vida encostada neste banco de jardim
Assim são os meus dias a olhar para quem passa
Nas suas urgentes lidas como se eu fosse traça
Sou biblioteca viva que ninguém quer ler
Acabo assim uma vida e poucos querem saber
Passo os dias a olhar para quem passa por mim
Pareço morte a lutar neste banco de jardim
Só me resta os amigos do meu banco de jardim
Jogo as cartas todo dia não tenham pena de mim
Tenho tanto para ensinar mostrem respeito por mim
Sou biblioteca da vida mas ninguém me vê assim
Quero uma mão amiga para deixar o que aprendi
Com a vida encostada neste banco de jardim
Assim são os meus dias a olhar para quem passa
Nas suas urgentes lidas como se eu fosse traça
Sou biblioteca viva que ninguém quer ler
Acabo assim uma vida e poucos querem saber
Passo os dias a olhar para quem passa por mim
Pareço morte a lutar neste banco de jardim
Só me resta os amigos do meu banco de jardim
Jogo as cartas todo dia não tenham pena de mim
Tenho tanto para ensinar mostrem respeito por mim
Sou biblioteca da vida mas ninguém me vê assim
Quero uma mão amiga para deixar o que aprendi
Realmente, este poema é o espelho de muitos, ou mesmo, da maioria dos chamados "velhos" de hoje.
ResponderEliminarInfelizmente, nninguém tem, nem ninguém quer ter tempo para eles que tanto têm para nos ensinarem. São, na verdade, verdadeiras bibliotecas vivas, com tantas histórias diferentes. E precisam de tão pouco para se sentirem úteis, notados, ouvidos...
Cabe-nos a nós e aos nossos filhos saberem respeitar e acarinhar estes nossos velhinhos.
Um grande beijinho
Exploradora