quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O CONCLAVE PELA VIDA



O conclave pela vida!(dueto AnaBela Vieira e Clayton tomaz)


Em forma de gritos escritos no papel,
O azul do céu reflectido no mar que
Salga o meu corpo e me impede de voar.

O retorno para casa
Numa viagem só de ida,
Rotinas de uma vida onde há a procura incessante
Pelo descobrimento do meu ser...


Migalha insignificante do universo
Carregando uma existência pesada
Engolida num frenesim eterno
Buscando a saída do nada.

Quem me aprisiona a alma
Fechada num recanto qualquer
Não me permitirei descansar
Pelo descobrimento do meu ser…


Demando nos raios ofuscantes do sol
Os contornos na essência da minha raiz
Onde defronto o glorioso equilíbrio
Plano fundamental para ser feliz.

Neste contentar de contente
Pungi o sorriso provisório que se torna permanente,
A lágrima quente que transcorre o meu rosto
São apenas emoções do poeta...



Um desafio do meu amigo Clayton tomaz
para quem deixo um beijo

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

RUA DA MINHA CIDADE




A rua despida de gente

Privada de vida, escura, sombria



O gemido do vento acariciando

Os membros despidos das árvores



Os manequins das montras jazem

Inertes pelo silêncio das lojas



A calçada desalinhada dialoga

Com as solas gastas da vida



A chuva cai persistente na

Rua despida deserta de gente



O cão vadio uiva a sua sorte

Faminto, molhado, cansado



A lua silenciosa e indiferente

É cúmplice da chuva persistente



E com os primeiros raios de sol

A rua despida se enche de gente



A árvore aquece o corpo molhado

A calçada geme trilhada pelo calçado



O cão faminto encontra comida

O jornal no chão mata a fadiga



As lojistas brindam com vida e cor

Os manequins Inertes das montras



As vendedeiras gritam o pregão

A castanha assada esquenta na mão



Põe-se o sol emudece a rua

Priva-se de vida, despe-se de gente