terça-feira, 28 de abril de 2009

Dispersa

Errante sem rumo mostra o seu olhar
Deambula disperso à procura de um lugar
Sem pressa escuda-se em busca do segredo
Procura a harmonia eclipsa-se no medo
Veste-se o semblante mora na noite escura
Segue à deriva o procurar com ternura
Anseia ancorar noutro sítio noutro lugar
Os passos apoderam-se do seu andar
Sem dar por isso achou-se junto ao mar
Onde as lágrimas ao vento foram desaguar
Pede ao vento que pergunte ao mar
Se sabe onde as lágrimas vão desaguar
Desvendar no horizonte tão triste olhar
Fazer brilhar o sol para as lágrimas secar

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Liberdade

Que nunca nos esqueçamos de brindar à liberdade
Liberdade de falar
Liberdade de escrever
Liberdade de amar
Liberdade de fazer
Liberdade de ser livre na vontade dos que se esquecem
E jamais esquecer quem lutou por ela, por nós

quinta-feira, 23 de abril de 2009


O “PEDAÇOS” recebeu com toda a estima e carinho o "Selo da Amizade" da amiga "Em prosa e verso", desde já fico muito agradecida a amiga Dulce.
E, como todos os prémios, tem suas regras, deixo-as abaixo com os nomes dos blogs escolhidos:Regras:
1 - Exibir a imagem

2 - Postar o link do blog que o premiou

3 - Publicr regras

4 - Indicar 10 blogs para receber o selo

5 - Avisar os indicados
Os blogs escolhidos são:

Enlace das almas -Babes
O cantinho da Terra do Nunca – p/p
Memórias Vivas e Reais – Pena
Paradoxos - Heduardo
Mau Triste e Feio– Osvaldo
Magic –
Poemas ao Luar – Delfim Peixoto
Africa em Poesia –
Rosa Dourada – Ondina azul
A Magia da Noite - Layara

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quanto Vale Um Amigo?

Enquanto o Turbilhão compõe a mudança
Fico inerte nada faço
Antevejo tornar-se dono da situação
Eu apenas marioneta
Deveria levantar os braços e deixar-me ir,
No entanto emudeço
Contendo o grito preso na garganta
Agiganto a revolta calada
A sua fúria em nada se compara ao turbilhão
Que se multiplica dentro de mim
Mas não atingi a audácia para abdicar
Apenas não sei se existe algo
Para abdicar

terça-feira, 14 de abril de 2009

Amor de Mãe

Abre as asas gigantes do seu ser
Abraça o mundo que a rodeia
Fá-la feliz a chegada dos seus pintos
E os pintos dos seus pintos
Rodeada de amor, que importa
Se o dia é cansativo, apenas sabe que
Hoje não está sozinha, tem reunido
À sua mesa quem mais importa,
O seu tesouro, sabe que amanhã
Ficará apenas o eco amordaçado
Do riso das crianças que guardará
Como um bálsamo até a próxima visita

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Florzinha

Olha da sua janela aqueles petizes
Brincando no jardim meninos felizes
Espreita-os tristemente Florzinha
Segue-os com o olhar pobre menina
Chora o passarinho na prisão
Vê-la assim aperta-me o coração
Quedo-me olhando de frente para ela
Espreitando-a da minha janela
Eu que adoro a vida em liberdade
Dói ver a sua carinha de infelicidade
Sopro-lhe um beijo com a minha mão
Devolveu-mo num sorriso com emoção
Este beijo assim penetrou-me o coração
Não gosto do que vejo no seu olhar
Adivinho a dor que traz mesmo sem falar
Apeteceu-me ir lá acima e traze-la pela mão
Todas as crianças têm o direito de brincar
É tão bom brincar na terra e as mãos sujar
É tão bom brincar no chão, poder jogar pião
E o jogo da macaca, outros jogos já esquecidos
Espero que estas linhas possam dar um empurrão
Lembrar aos pais tempos por eles também vividos

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Onde me conduzes?

Louca inquietação, estranha ansiedade
Apressa-se o relógio, arrebata-se os minutos
Desprende-se os segundos eclipsam-se as horas
Esvazia-se os dias desnorteiam-se os meses
Usurpa-se os anos exturquem-me o tempo
Paira o grito enclausurado no silêncio frívolo
Do tempo estático no relógio acelerado
Saqueiam-se os segundos aos minutos tresmalhados
Em demanda das horas nos dias desaparecidas
E os dias nos meses e os meses nos anos e os anos nos séculos
Tempo intemporal que não te deténs e me apressas na tua ânsia

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pintar fantasia


Apraz-lhe acariciar o lápis de pastel
Esbatendo-se suavemente na tela de papel
Deleita-se observando os dedos ensaiar
O toque que o pensamento vai delinear

Ou o que a sua fantasia arroja esboçar
Que tarefa delicada ousa executar
Não sei se é o espírito que se revela
Ou se o lápis ganha vida nos dedos dela

Com as cores que lhe empresta a natureza
Pinta a felicidade com muita delicadeza
Devanear uma tenção intensa e colorida
Porque finalmente aprendeu a amar a vida

Oculto na tela está brilhando o seu olhar
Só quem alcançar o poderá desvendar
Abriu o olhar ao mundo é o jeito de se dar
Sabe que a tela o consegue eternizar