terça-feira, 31 de março de 2009

Será o Destino?


Tenho uma ideia dentro de mim
O meu destino levou-me a ti
Qual a razão não te sei dizer
Mas não é só por tanto te querer
Tem de haver mais que nos aproxima
E não somos nós que o determina
Esta corrente que cresce em mim
Tenho a certeza que me prende a ti
As juras de amor que dizes em sussurro
Aceito-as de alma aberta, coração puro
Quero ficar nesse eterno momento
Escrevo o teu nome lanço ao vento
Mostrar ao mundo o meu sentimento
Envio-te o vento com o meu pensamento

sexta-feira, 27 de março de 2009

Amo-te


Apetece-me estar em silêncio
Sem que alguém possa perturbar
A lembrança dos gestos mais secretos
Que me deste de madrugada
Saborear cada centímetro do nosso amor
Apetece-me fechar os olhos
E ficar perdida no teu corpo
Ateaste um fogo que julgava perdido
Nasceu o sol de um novo tempo em mim
Abraço agora o silêncio
Dos teus gestos na madrugada
Como mar calmo a seduzir a areia da praia
Fico assim num silêncio só nosso

quarta-feira, 25 de março de 2009

Querido Amigo

Não sei porque me interessei por poesia
Se calhar porque ma lias com alegria
Não sei de ti, mas deste-me este carinho
Fizeste nascer em mim este gostinho

Canção grata
Por tudo o que me deste
inquietação cuidado
um pouco de ternura
é certo mas tão pouca
Noites de insónia
Pelas ruas como louca
Obrigada, obrigada Por aquela tão doce
e tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão
Que bem que me faz agora
o mal que me fizeste
Mais forte e mais serena
E livre e descuidada
Sem ironia amor obrigada
Obrigada por tudo o que me deste
Por aquela tão docee tão breve ilusão
Embora nunca mais
Depois de que a vi desfeita
Eu volte a ser quem fui
Sem ironia aceita
A minha gratidão
Florbela Espanca

Tempo sem tempo


Círculo incompleto numa espiral aberta
Em que o círculo jamais se encerra
Eterno retorno da espiral perturbada
Mas não em círculo fechada
Em que o tempo não está parado
Circulo viciado jamais encerrado
Porque o tempo não conhece o tempo
Que espero que o tempo passe
O ciclo nunca se completa
Porque o círculo não foi terminado

Quero acreditar


Porque teimo em mergulhar
Em águas turvas me deixar levar
Se sonho com água cristalina
Porque querer-te só me ensina
Que o amor não foi esquecido
Nós os dois ainda “faz” sentido
Enlaçada em ti corpo perdido
Acordo o vulcão adormecido
Para ser chama enamorada
Que te abraça na madrugada
Sou fogo que se espalha
Como se devorasse palha
Rola o amor pelo chão
Ficamos assim mão na mão

sexta-feira, 20 de março de 2009

Primavera


Chegaste para germinar cor em mim
Libertar o fardo invernoso enfim
Inundar-me a alma com as tuas cores
Oferecer-nos o cheiro de mil flores
Momentos felizes o teu corpo arrebata
E transforma em ouro o que era prata
Neste teu primeiro dia extravaso alegria
Por ser também dia mundial de poesia

quinta-feira, 19 de março de 2009

Duas Vidas, Uma Alma


Remexendo a ferida que te tira a vida
A vida que ferida não se afasta de ti
Porque essa vida não está esquecida
Para dar lugar a outra vivida assim
Procura essa vida que te tira da vida
Porque essa vida está perdida em si
Agarra essa vida que está iludida
Promessa da vida que contém em ti
Aguarda essa vida que te é tão querida
Porque um dia essa vida vai voltar para ti

Formas Imperfeitas


Há um vazio algures
Fecha-se o livro da alma
Que os dedos adormecidos
Se esquecem de encontrar
As palavras esperam mudas
Caminha à deriva o pensamento
Sem percurso traçado
Onde possa alinhar as páginas
Tropeçam nas entrelinhas
Por falta de letras
Desalinhadas ou perdidas
Procura noutro lugar
A fonte de inspiração
Que o alfabeto negou
Omitir o que foi dito
Dizer o que foi esquecido
Perder-se nas evidências
De algo inacabado

sexta-feira, 13 de março de 2009

Bom Dia


Saíste devagarinho
Sem te despedir
Mas adivinhando
Olhaste para a janela
Sabias-me lá a espera
De um sorriso
Que te ofereço
Quando me atravessas
Com o teu olhar profundo
E brilhante
Devolves-mo com um beijo
Pendurado
Nas asas de uma borboleta
Que ali passa
Voando com os primeiros
Raios de sol
Pousando nas flores
Que se espreguiçam
A abraçar a chegada
De um novo dia
De primavera

quarta-feira, 11 de março de 2009

Ao Encontro da Natureza


Do alto daquela serra esperamos o entardecer
Com o mar a nossos pés e o sol a desaparecer
Onde céu e mar se tocam e as estrelas-do-mar
Aguardam que suas irmãs do céu brilhem ao luar

Ao contemplar rara beleza extasiado fica o olhar
Onde o silêncio se quebra pelas ondas do mar
E os pássaros a rodopiar adivinham a primavera
Neste lugar tão belo onde a natureza impera

Seguimos sentido o perfume de cada flor
Que com muito amor oferece-nos o seu odor
Onde as formigas constroem o seu império
Indiferentes a nós escondem o seu mistério

E neste encontro entre homem e natureza
Lugar onde temos de nos esforçar para chegar
Vence a natureza em esplendor e grandeza
Esconde-se o sol devagar para à lua dar lugar

terça-feira, 10 de março de 2009

Presa a ti


Na encruzilhada de sentimentos
Onde tu és rei e eu a serva
Que se dobra na tua sombra
Que se molda a tua medida
Que apenas te quer amar
Que te dá corpo e alma
Na encruzilhada de sentimentos
Esquecendo-me de viver
Vou murchando como uma flor
Que colheste, mas esqueceste
De cuidar, regar, mimar
Escuta o que tenho para te dizer
Só quero um pouco do teu tempo
Carinho, companhia e compreensão
Na encruzilhada de sentimentos
Sou pássaro aprisionado em duas mãos
Canto para alegrar os teus dias
Mas não percebes que me deixas morrer
Por falta de alimento/água
Mata-me a sede (do teu amor)
Ou abre as tuas mãos
E deixa-me voar

segunda-feira, 9 de março de 2009

Anjo de Bondade


Tinhas o coração cheio de bondade
Aliado a uma grande boa vontade
A quem precisava estendias a mão
Nunca questionavas ou dizias que não

sexta-feira, 6 de março de 2009

Partiste


Partiste e eu nem tive tempo para ti
Faltou-me tempo para ir ter contigo
Como gostaria de mudar este momento
Queria dar-te um último beijo, um abraço
Tempo para te ver feliz quando te visitava
Leva contigo este pequeno jardim de flores
Descansa em paz
Minha querida
Margarete

quarta-feira, 4 de março de 2009

Quero-te


Chegas-te a mim
Como nuvem sobre o mar
Percorres-me o corpo
Como um relâmpago
Que atravessa a água
Em noite de tempestade
Resgatas-me de mim mesma
Para me devolveres ainda mais sedenta
De ti